terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

BANDEIRA VERMELHA. Blog Internacional de Debate Comunista.


A luta contra o reformismo e o revisionismo, pela retomada do marxismo e pela reconstrução dos partidos comunistas acaba de ganhar mais uma trincheira importante. É com enorme alegria que informamos aos camaradas, amigos e leitores do Cem Flores o lançamento do blog BANDEIRA VERMELHA (https://bandeiravermelha123.wordpress.com), blog internacional de debate dos comunistas.

Compreender as causas da crise que se abateu sobre nosso campo é decisivo para encontrarmos o caminho da retomada de nossa luta, o caminho da construção da revolução proletária. Como afirma o manifesto de lançamento do Bandeira Vermelha, "a tarefa principal que hoje se põe às/aos herdeir@s das tradições comunistas é dar res­postas convincentes para os fracassos revolucionários; explicar por que razão os  regimes saídos das insurreições vitoriosas na Rússia e China degeneraram na dominação de uma nova casta que exerceu a sua ditadura em nome do socialismo, para acabar rendida ao capitalismo. Quais os ­­­limites materiais e subjectivos que determinaram estas derrotas?" 

E o blog aponta o caminho com o qual concordamos totalmente: "A busca dessas respostas impõe a retomada e o desenvolvimento do marxismo, da teoria científica do proletariado, aplicando-a concretamente à conjuntura atual. Essa tarefa só será possível com a participação ativa d@s comunistas na luta da classe operária e do conjunto do povo trabalhador."

Reproduzimos abaixo o manifesto de lançamento desse espaço internacional de debate (https://bandeiravermelha123.wordpress.com/sobre-nos/) para o qual convidamos todos a acompanhar e participar. 


Bandeira Vermelha, blogue internacional de debate comunista.

A profunda crise em que estão mergulhados @s comunistas e o movimento operário de todo o mundo tem causas profundas ainda por determinar.


O que se sabe ao certo é que não houve revitalização do marxismo nem derrube do capitalismo, e sim um apagamento do papel d@s comunistas, que praticamente desapareceram como expressão política. Em nenhum país, dominante ou dominado, se consolidou uma consciência comunista no seio do proletariado capaz de o apoiar na conquista da sua emancipação com vista ao derrube do capitalismo. O reformismo continua a dominar largamente as massas trabalhadoras.

Esse é o problema central dos nossos dias. Sem o resolver, poderá haver muita luta e agitação, mas nenhuma revolução proletária. A manter-se este estado de coisas, o sistema capitalista irá agonizando, impelindo milhões de seres humanos para a barbárie, sem haver quem o derrube.

Foi quebrada a linha de continuidade entre o marxismo/a revolução bolchevique de 1917 e a actual prática dita comunista. Esta tornou-se uma manta de retalhos em que se acolhem todos os desvios e falsas inovações. Criaram-se ao longo do tempo diversas correntes que se dizem comunistas, todas elas dominadas por objectivos que perderam totalmente de vista a revolução proletária.

Assim, do ponto de vista estratégico, a tarefa principal que hoje se põe às/aos herdeir@s das tradições comunistas é dar res­postas convincentes para os fracassos revolucionários; explicar por que razão os  regimes saídos das insurreições vitoriosas na Rússia e China degeneraram na dominação de uma nova casta que exerceu a sua ditadura em nome do socialismo, para acabar rendida ao capitalismo. Quais os ­­­limites materiais e subjectivos que determinaram estas derrotas?

A busca dessas respostas impõe a retomada e o desenvolvimento do marxismo, da teoria científica do proletariado, aplicando-a concretamente à conjuntura atual. Essa tarefa só será possível com a participação ativa d@s comunistas na luta da classe operária e do conjunto do povo trabalhador. No momento atual de amplo domínio do reformismo e do revisionismo e, portanto, da linha de colaboração de classes (subordinação do proletariado à burguesia) nas lutas operárias e nas ditas “organizações de esquerda”, nada nos parece mais importante que retomar o princípio da independência da organização política do proletariado (a reconstrução de seu Partido) e da hegemonia da classe operária na luta das classes dominadas.

As ideias comunistas encontram na luta de classes, na teoria e na prática, matéria para se desenvolver. Com base neste princípio, procuramos identificar as ideias comuns e superar as divergências entre nós pelo debate permanente, procurando assim dar resposta aos problemas colocados.

Queremos que este debate se torne público, na bela tradição leninista da polémica aberta, fraterna e acessível a tod@s. A luta de ideias não é secreta e restrita, antes deve beneficiar da opinião e participação daqueles e daquelas que têm algo de novo e útil a carrear para o esclarecimento geral.

A reorganização do proletariado como força revolucionária necessita de um programa comunista que, nas actuais circunstâncias, só poderá nascer da luta contra o reformismo e o revisionismo, que reponha a pureza dos princípios e os métodos de luta preconizados pela tradição de Marx e Lenine.  Em última análise, um novo programa comunista capaz de unificar @s operári@s e explorad@s de todo o mundo,  apoiando-os na luta pelo derrube final do capitalismo.

Janeiro de 2017,
centenário da Revolução de Outubro

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