domingo, 27 de novembro de 2016

Morreu um revolucionário. Viva a Revolução!

"É possível que muitos comecem agora a compreender a Revolução em todo o seu significado e em toda a sua grandeza, porque, inclusive, essa era uma palavra muito em voga, muito repetida e que para muitas pessoas não tinha senão um significado sonoro, uma ideia confusa, porque, inclusive, se chamava revolução a qualquer coisa e qualquer um se chamava de revolucionário. E parecia fácil uma revolução e, no entanto, uma revolução não é uma tarefa fácil. Uma revolução não é um acontecimento simples na história de um povo. Uma revolução é um acontecimento complexo e difícil, e que tem, além disso, a virtude de ser uma grande mestra, porque vai nos ensinando durante sua marcha, e sua marcha vai fortalecendo a consciência do povo e sua marcha nos vai ensinando o que é uma revolução" (24/02/1960)[1].

"A classe operária a mantinham impotente, a mantinham dividida, não lutando pelas verdadeiras metas pelas quais deve lutar a classe operária. E vocês sabem qual é a primeira meta pela qual deve lutar a classe operária, a única meta pela qual deve lutar fundamentalmente uma classe operária em um país moderno? Pela conquista do poder político! Porque a classe operária é uma classe absolutamente majoritária, a classe operária é a classe fecunda e criadora, a classe operária é a que produz quanta riqueza material exista num país. E enquanto o poder não esteja em suas mãos, enquanto a classe operária permita que o poder esteja nas mãos dos patrões que a exploram, dos latifundiários que a exploram, dos monopólios que a exploram, dos interesses estrangeiros ou nacionais que a exploram, enquanto as armas estejam nas mãos da camarilha a serviço desses interesses e não nas suas próprias mãos, a classe operária estará condenada, em qualquer parte do mundo, a uma existência miserável, por muitas que sejam as migalhas que, da mesa da festa, os grandes interesses e os grandes privilégios lancem sobre ela" (14/12/1960)[2].

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

99º Aniversário da Revolução Bolchevique.

Hoje, 07 de novembro de 2016, celebramos os 99 anos da Revolução Bolchevique. Reproduzimos abaixo a postagem realizada pelos camaradas comunistas galegos do Primeira Linha em homenagem a essa data. Optamos por manter o texto em galego original, língua que é a expressão da luta desse aguerrido povo contra o domínio colonial espanhol. A postagem original pode ser acessada aqui.



99 aniversário da Revoluçom Bolchevique
COMUNISMO, ÚNICA ALTERNATIVA ANTICAPITALISTA

A tomada do poder polo proletariado russo dirigido polo partido bolchevique de Lenine em outubro de 1917 é um dos factos históricos mais relevante da história da humanidade.

Por primeira vez a classe trabalhadora, logo da efémera experiência da Comuna de Paris de 1871, em 1917 logra fundar o primeiro Estado operário da história da humanidade. A aliança operário-camponesa sob a hegemonia ideológica do proletariado derrota a ditadura burguesa e senta as bases para a construçom de umha nova sociedade visada para superar a propriedade privada e as relaçons mercantis.

@s bolcheviques demonstrárom que sim é possível tomarmos o céu por assalto, que sim é possível derrotar a maquinária militar imperialista, que sim é possível sentar as bases para  erguermos esse mundo novo sonhado, essa sociedade sem exploraçom, sem opressom, sem dominaçons, o que seguimos chamando Socialismo/Comunismo.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

100 Anos de “Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo”

Um Discurso do Partido Comunista da Grécia (KKE) sobre O Imperialismo

02.11.2016

Acesse aqui em pdf

No final do mês de outubro passado, o Blog Cem Flores publicou trechos do livro de Lênin, “Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo”, precedido de uma pequena apresentação (http://cemflores.blogspot.com.br/2016/10/nos-100-anos-de-imperialismo-fase.html). Nela, destacamos a atualidade da análise leninista do imperialismo, bem como seu caráter necessário para o debate comunista sobre a crise e o movimento operário atuais, e sugerimos alguns pontos para o aprofundamento do estudo do tema e para a discussão entre camaradas e leitores.

Achamos que é preciso continuar essa discussão. Trazemos agora para o debate um recente discurso de um dirigente do Partido Comunista da Grécia (KKE) sobre o tema do Imperialismo, também por ocasião do centenário de publicação do livro de Lênin. Da mesma maneira que no post anterior, também preparamos uma pequena introdução na qual buscamos levantar alguns pontos do texto que achamos principais para o nosso debate comunista.

Para apresentar esses temas de uma forma mais organizada, buscamos agregá-los em três tópicos principais: o resgate de princípios comunistas, as formulações próprias do KKE e os pontos atuais que é preciso desenvolver.

Resgate de Princípios Comunistas

A classe operária e os comunistas vivem, faz várias décadas, “em tempos de maré baixa” – para emprestarmos uma expressão do dirigente comunista Francisco Martins Rodrigues (https://franciscomartinsrodrigues.wordpress.com/2016/02/27/accao-comunista-em-tempos-de-mare-baixa/). Nesse período vimos o reformismo e o oportunismo sobrepujarem a linha revolucionária nos partidos comunistas; a ação revolucionária das massas proletárias praticamente desaparecer; a luta sindical converter-se, em sua absoluta maioria, em um jogo de cena entre pelegos e patrões; e o horizonte da ação política da classe operária se reduzir aos seus limites mais miseráveis, meras mobilizações institucionais ou campanhas eleitorais.

Nessa conjuntura, os princípios comunistas estão praticamente esquecidos pela quase totalidade da classe operária e mesmo pela maioria absoluta dos operários de vanguarda e militantes honestos e sinceros. O resgate e a afirmação desses princípios comunistas, portanto, não só é necessário como nos parece indispensável.