quarta-feira, 23 de abril de 2014

Cinquenta Anos Depois: os Comunistas e o Golpe de 1964

Pedro Alves

Da histórica foto acima, tirada durante a Passeata dos 100 Mil no Rio de Janeiro, em junho de 1968, a luta de classes no Brasil realizou até agora apenas a primeira parte da frase, com o término da ditadura em 1985, após 21 anos, e sua substituição por uma democracia burguesa. Realizar a segunda parte da frase caberá ao próprio povo, encabeçado pela classe operária, dirigida por seu Partido Comunista.

Nas últimas semanas, vimos, ouvimos, lemos por todos os lados sobre o golpe de Estado de 1964 e sobre as duas décadas de ditadura que se seguiram: programas e entrevistas nos meios de comunicação; matérias em jornais, sites e blogs; palestras, debates e seminários nas universidades; projeções de filmes, lançamentos de livros. Nesses eventos, quase happenings, a abordagem hegemônica (e quase consensual) é a de uma grande confraternização universal[i]. Tudo se parece como se, terminada a ditadura e instaurada (ou restaurada) a democracia burguesa, todos os brasileiros estaríamos vivendo em um conto de fadas democrático: “felizes para sempre”.

Na nossa história fabricada, parece que o golpe foi apenas uma espécie de “putsch de Juiz de Fora”, com um general de capacete e cachimbo do Popeye marchando sozinho com suas tropas, e não um golpe de Estado promovido e financiado pelo fundamental da burguesia brasileira, com amplos estímulo da sua imprensa, apoio da classe média conservadora e suporte do imperialismo dos EUA. Assim, teria havido “apenas” uma ditadura (exclusivamente?) militar, e não uma ditadura de classe, da burguesia, a quem os militares, de fato, serviam.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Comentários sobre a Sobre a Situação Atual da Luta de Classes na Venezuela


Recebemos comentários acerca do artigo Sobre a Situação Atual da Luta de Classes na Venezuela publicado em 26 de março de 2014. O coletivo Cem Flores os considera relevantes, dando importância em sua divulgação por concordar com os mesmos e para estimular o debate acerca da posição.