sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Sobre o 15º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários em Lisboa


Com o intuito de aprofundar o debate sobre a reorganização do movimento comunista internacional, publicamos artigo de G. Marinos, membro do Bureau Político do Partido Comunista da Grécia (KKE) que esclarece melhor as posições dos PC`s no 15º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários, dando elementos importantes para melhor compreender esse processo. Já publicamos a intervenção do KKE no referido encontro, que pode ser lida aqui. O original desse artigo pode ser acessado no sitio do KKE.

Depois do Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários realizado em Lisboa nos dias 8,9,10 de Novembro, organizado pelo Partido Comunista Português, verificou-se alguma actividade, e representantes de vários partidos comunistas estão a tentar analisar o que se passou na perspectiva da sua própria análise ideológico-política.

domingo, 15 de dezembro de 2013

“Amanhã vai ser maior”: as manifestações de 2013 no Brasil e a retomada da ofensiva dos explorados na luta de classes

As manifestações que sacudiram o país a partir de junho deste ano não podem ser tratadas como fatos isolados, muito menos como ‘raios em dia de céu azul’. Desde o agravamento da crise do imperialismo em meados de 2008, manifestações semelhantes ocorreram em vários países, com características similares de organização, contestação, formas de luta e reivindicações, que procuramos listar ao longo deste texto e, principalmente, a imediata escalada da repressão por parte do Estado e de seus aparelhos repressivos e ideológicos. As multidões de desempregados, principalmente jovens, e trabalhadores precarizados que vão às ruas do mundo todo resistir contra os efeitos da crise só recebem a violenta repressão policial, enquanto os governos aprofundam as políticas de “austeridade” buscando estimular a retomada do processo de acumulação de capital, aprofundando a miséria e a exploração da classe operária e de quase toda população. A crise do capitalismo fecha o círculo da repressão e do controle militar sobre as perspectivas de luta popular de transformação social. Na medida de suas especificidades, o Brasil enfrenta essa conjuntura a partir de outro patamar histórico, ainda que por aqui o clima dos “megaeventos” (Copa do Mundo em 2014 e Olimpíadas em 2016) sirva de pretexto adicional para o fortalecimento de um estado policial que sempre foi bem conhecido do proletariado e das camadas mais pauperizadas da população. A retomada de uma perspectiva revolucionária da luta de classes, espaço ocupado aqui pela hegemonia do petismo nas últimas décadas, é a tarefa principal dos comunistas nesta conjuntura.