segunda-feira, 28 de novembro de 2011

191 anos do nascimento de Friedrich Engels

 

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Hoje comemoramos os 191 anos de nascimento de Friedrich Engels e trazemos para os camaradas que nos lêem trechos de duas cartas suas datadas de 1890. Na primeira trata da questão da teoria revolucionária do proletariado que estava produzindo com Marx, do materialismo, de sua importância e do rigor com que devemos tratar a teoria.

Segundo ele “A palavra «materialista» [materialistisch], na Alemanha, serve, em geral, a muitos escritores jovens de simples frase com que etiquetam, sem ulterior estudo, tudo e mais alguma coisa, isto é, colam esta etiqueta e, então, crêem ter resolvido a coisa”.

Na segunda carta que reproduzimos aqui, ainda sobre a teoria que ele e Marx produziam, Engels combate a visão mecanicista, ou ainda, economicista que tenta desviar a ciência do proletariado para “algo abstrato, sem sentido e em uma frase vazia”.

Para nós, comunistas, trazer as palavras de Engels expostas nessas cartas é continuar o combate iniciado por ele e Marx contra os desvios que a burguesia tenta impor a luta do proletariado. É a melhor maneira de comemorar uma data tão importante para a luta de classes.

Engels foi um dos gigantes que na luta de classes armou o proletariado e os explorados e dominados de todo o mundo com a arma da teoria revolucionária, arma capaz de iluminar o caminho da revolução e da construção do socialismo e do comunismo

Nossa tarefa é usar esta arma para seguir lutando na construção de nosso partido e da linha justa para a revolução.

Abaixo das Cartas colocamos um link para uma pequena biografia de Engels escrita por Lênin.

domingo, 13 de novembro de 2011

Sobre a Crise do Imperialismo e a Posição do Brasil. Resposta ao camarada Gabriel Harceia (Parte II)

 

Leonardo Nino
13.11.2011
II – A posição do Brasil no sistema mundial do imperialismo: “regressão a uma situação colonial de novo tipo” ou “agravamento da dependência”?
Como afirmamos na primeira parte desta nossa resposta (Sobre a Crise do Imperialismo e a Posição do Brasil. Resposta ao camarada Gabriel Harceia), para nós é somente a partir daquele conjunto de teses, e do campo que ele representa na luta de classes, que podemos partir para a discussão específica das questões e críticas que você faz ao nosso documento (O Caeidoscópio da Ideologia dominante). Na continuação desse debate, traremos para o primeiro plano o que entendemos ser a questão central dos seus comentários: a da conceituação que fazemos da formação econômico-social brasileira atual como regressão a uma situação colonial de novo tipo.
Nas suas palavras, a sua “divergência é com o conjunto da expressão”. Você, então, qualifica a conjuntura atual nos seguintes termos: a “dependência ... foi, deliberadamente, agravada”, vivemos o “agravamento da dependência ao imperialismo” ou “simplesmente: processo de agravamento da dependência externa”.
Essas formulações seriam, na sua avaliação, mais corretas, mais precisas, que o conceito que temos usado. No seu entender, regressão a uma situação colonial de novo tipo exigiria “tantas explicações”, causaria “tanta dificuldade de entendimento, tanta confusão conceitual e histórica”, que melhor seria abandoná-lo, em prol – é a sua sugestão – do retorno ao termo/conceito de “dependência”.
Nosso terreno comum
Camarada Gabriel,
Gostaríamos de começar destacando os pontos nos quais, em nossa opinião, temos concordância. O primeiro e mais importante deles é a necessidade imperiosa de utilizarmos o materialismo histórico para efetuar a análise da realidade da luta de classes no Brasil e no mundo. Estamos de pleno acordo de que fora do marxismo-leninismo não é possível fazer a correta análise da conjuntura em que lutamos.