sábado, 17 de dezembro de 2011

"sem vocês, trabalhadores, nenhuma máquina funciona, mas vocês podem fazê-lo sem os patrões"

 
Publicamos abaixo carta enviada pela Seção de Relações Internacionais do Partido Comunista da Grécia (KKE) em resposta ao Partido Comunista da Espanha (PCE) e à Izquierda Unida (IU).
A crítica que os comunistas gregos dirigem ao PCE contribui para desmascarar a posição social-democrata, reformista, posição pela qual a classe dominante atua nas fileiras das classes dominadas, tentando paralisar e confundir a luta do proletariado por suas verdadeiras bandeiras.
Nos tempos atuais em que as classes dominantes tentam de todas as formas salvar o capitalismo da profunda crise em que mergulhou, tempos em que o reformismo nacional-desenvolvimentista grassa em organizações que se autointitulam de “esquerda”, seja na Espanha ou no Brasil, a posição dos comunistas da Grécia aponta claramente a alternativa revolucionária: a “luta pelo derrube do capitalismo e não pelo seu branqueamento”. E afirmam: “sem vocês, trabalhadores, nenhuma máquina funciona, mas vocês podem fazê-lo sem os patrões".
Luta pelo derrube do capitalismo, não pelo seu branqueamento

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

191 anos do nascimento de Friedrich Engels

 

Engels2

Hoje comemoramos os 191 anos de nascimento de Friedrich Engels e trazemos para os camaradas que nos lêem trechos de duas cartas suas datadas de 1890. Na primeira trata da questão da teoria revolucionária do proletariado que estava produzindo com Marx, do materialismo, de sua importância e do rigor com que devemos tratar a teoria.

Segundo ele “A palavra «materialista» [materialistisch], na Alemanha, serve, em geral, a muitos escritores jovens de simples frase com que etiquetam, sem ulterior estudo, tudo e mais alguma coisa, isto é, colam esta etiqueta e, então, crêem ter resolvido a coisa”.

Na segunda carta que reproduzimos aqui, ainda sobre a teoria que ele e Marx produziam, Engels combate a visão mecanicista, ou ainda, economicista que tenta desviar a ciência do proletariado para “algo abstrato, sem sentido e em uma frase vazia”.

Para nós, comunistas, trazer as palavras de Engels expostas nessas cartas é continuar o combate iniciado por ele e Marx contra os desvios que a burguesia tenta impor a luta do proletariado. É a melhor maneira de comemorar uma data tão importante para a luta de classes.

Engels foi um dos gigantes que na luta de classes armou o proletariado e os explorados e dominados de todo o mundo com a arma da teoria revolucionária, arma capaz de iluminar o caminho da revolução e da construção do socialismo e do comunismo

Nossa tarefa é usar esta arma para seguir lutando na construção de nosso partido e da linha justa para a revolução.

Abaixo das Cartas colocamos um link para uma pequena biografia de Engels escrita por Lênin.

domingo, 13 de novembro de 2011

Sobre a Crise do Imperialismo e a Posição do Brasil. Resposta ao camarada Gabriel Harceia (Parte II)

 

Leonardo Nino
13.11.2011
II – A posição do Brasil no sistema mundial do imperialismo: “regressão a uma situação colonial de novo tipo” ou “agravamento da dependência”?
Como afirmamos na primeira parte desta nossa resposta (Sobre a Crise do Imperialismo e a Posição do Brasil. Resposta ao camarada Gabriel Harceia), para nós é somente a partir daquele conjunto de teses, e do campo que ele representa na luta de classes, que podemos partir para a discussão específica das questões e críticas que você faz ao nosso documento (O Caeidoscópio da Ideologia dominante). Na continuação desse debate, traremos para o primeiro plano o que entendemos ser a questão central dos seus comentários: a da conceituação que fazemos da formação econômico-social brasileira atual como regressão a uma situação colonial de novo tipo.
Nas suas palavras, a sua “divergência é com o conjunto da expressão”. Você, então, qualifica a conjuntura atual nos seguintes termos: a “dependência ... foi, deliberadamente, agravada”, vivemos o “agravamento da dependência ao imperialismo” ou “simplesmente: processo de agravamento da dependência externa”.
Essas formulações seriam, na sua avaliação, mais corretas, mais precisas, que o conceito que temos usado. No seu entender, regressão a uma situação colonial de novo tipo exigiria “tantas explicações”, causaria “tanta dificuldade de entendimento, tanta confusão conceitual e histórica”, que melhor seria abandoná-lo, em prol – é a sua sugestão – do retorno ao termo/conceito de “dependência”.
Nosso terreno comum
Camarada Gabriel,
Gostaríamos de começar destacando os pontos nos quais, em nossa opinião, temos concordância. O primeiro e mais importante deles é a necessidade imperiosa de utilizarmos o materialismo histórico para efetuar a análise da realidade da luta de classes no Brasil e no mundo. Estamos de pleno acordo de que fora do marxismo-leninismo não é possível fazer a correta análise da conjuntura em que lutamos.

sábado, 27 de agosto de 2011

Resposta ao camarada Gabriel Harceia.

 
Prosseguindo no debate sobre a reconfiguração da formação econômico-social brasileira e sua inserção na economia mundial, postamos abaixo uma parte inicial da resposta do camarada Leonardo Nino aos comentários postados por Gabriel Harceia sobre o texto "Caleidoscópio de erros ou o 'dernier cri' da ideologia dominante".
Os comentários de Gabriel Harceia podem ser acessados neste “link”.
Sobre a Crise do Imperialismo e a Posição do Brasil. Resposta ao camarada Gabriel Harceia.
Leonardo Nino 12.08.2011
Prezado camarada Gabriel Harceia, saudações comunistas.
Deixe-me começar esta resposta da mesma maneira com que você iniciou seus comentários, desculpando-me pela demora em escrever. Esta não é uma resposta pessoal, individual. Ela foi feita após discussões com os camaradas do blog “Que cem flores desabrochem! Que cem escolas rivaizem!”. E isso tomou o tempo que foi necessário nas nossas atuais condições.
Quando decidimos criar este blog, em setembro de 2008, com a publicação do documento Por Que Razão Discutir a Crise do Marxismo?  nossa intenção era contribuir para a retomada do marxismo como ferramenta insuperável e indispensável para a reconstrução da teoria e do partido revolucionários. Tínhamos à época, como hoje, a plena consciência que essas tarefas só poderiam se dar na construção cotidiana de nossa prática militante na luta de classes e, ligada a ela, no debate coletivo com os camaradas. Como afirmamos naquele documento:
Como diz a citação de Marx com a qual iniciamos nosso trabalho, esperamos dos camaradas a crítica mais rigorosa, crítica científica, marxista-leninista, porque vamos trabalhar procurando nos situar rigorosamente no campo do marxismo-leninismo.[1]
Nesses quase três anos, as postagens de textos de Marx, Engels, Lênin, Stálin e Mao, as publicações de nossos documentos, de documentos de outros camaradas, os vários comentários postados no blog, as discussões e debates sobre esses materiais têm mostrado o acerto da nossa decisão.
Temos recebido importantes contribuições, as quais têm nos permitido o avanço na compreensão e na formulação de nossas posições e teses e às quais não temos poupado esforços para procurar responder da maneira adequada. Assim, da mesma maneira que preparamos a Resposta ao Camarada R. N., a respeito de comentários sobre o nosso documento Caleidoscópio de erros ou o “dernier cri” da ideologia dominante, cabe, agora, nos debruçarmos sobre os seus comentários em relação ao mesmo documento.

domingo, 29 de maio de 2011

A propósito de um artigo do MST

 
O material que postamos foi elaborado no início de 2006 e profundamente debatido nos coletivos que originaram o Blog “Que cem flores desabrochem! Que cem escolas rivalizem!”. Sua intenção era, naquela conjuntura, chamar ao debate os camaradas do MST que haviam publicado um pouco antes uma análise sobre o campo no Brasil que pode ser lida em As perversidades do agronegócio para a sociedade brasileira em seu sítio datada de17/02/2006.
No intuito de aprofundarmos a discussão sobre a formação econômico-social brasileira e sua integração na divisão internacional do trabalho, e por considerarmos que as questões tratadas ainda estão na ordem do dia, o coletivo do blog decidiu postar o artigo, sem nenhuma atualização, mantendo a forma com que foi redigido na época, contribuindo com o debate levantado com o recente texto de Antonio Almeida sobre a passagem dos Quinze anos da chacina de Eldorado de Carajás.
Esperamos que a publicação auxilie no debate necessário da compreensão da situação brasileira e dos rumos de sua transformação revolucionária.
Link para o PDF
O Papel do Agronegócio na Reconfiguração da Formação Econômico-Social Brasileira: a propósito de um artigo do MST
Março de 2006
Todo povo tem na sua evolução, vista à distância, um certo “sentido”. Este se percebe não nos pormenores de sua história, mas no conjunto dos fatos e acontecimentos essenciais que a constituem num largo período de tempo. Quem observa aquele conjunto, desbastando-o do cipoal de incidentes secundários que o acompanham sempre e o fazem muitas vezes confuso e incompreensível, não deixará de perceber que ele se forma de uma linha mestra e ininterrupta de acontecimentos que se sucedem em ordem rigorosa, e dirigida sempre numa determinada orientação. É isto que se deve, antes de mais nada, procurar quando se aborda a análise da história de um povo (Caio Prado Júnior. Formação do Brasil Contemporâneo (Colônia). Ed. Brasiliense, 1961, pg. 13).

domingo, 1 de maio de 2011

A alquimia do governo Lula: como transformar trabalhadores brasileiros em chineses

Coletivo Cem Flores - 01/maio/2011
“Sentindo que a violência/ Não dobraria o operário/ Um dia tentou o patrão/ Dobrá-lo de modo vário./ De sorte que o foi levando/ Ao alto da construção/ E num momento de tempo/ Mostrou-lhe toda a região/ E apontando-a ao operário/ Fez-lhe esta declaração:/ – Dar-te-ei todo esse poder/ E a sua satisfação/ Porque a mim me foi entregue/ E dou-o a quem bem quiser./ Dou-te tempo de lazer/ Dou-te tempo de mulher./ Portanto, tudo o que vês/ Será teu se me adorares/ E, ainda mais, se abandonares/ O que te faz dizer não./ Disse, e fitou o operário/ Que olhava e refletia/ Mas o que via o operário/ O patrão nunca veria./ O operário via as casas/ E dentro das estruturas/ Via coisas, objetos/ Produtos, manufaturas./ Via tudo o que fazia/ O lucro do seu patrão/ E em cada coisa que via/ Misteriosamente havia/ A marca de sua mão./ E o operário disse: Não!/ – Loucura! – gritou o patrão/ Não vês o que te dou eu?/
– Mentira! – disse o operário/ Não podes dar-me o que é meu.”
(Operário em construção, Vinícius de Morais)
O texto “A crise do imperialismo é a crise da divisão internacional do trabalho”, postado no Blog "Cem Flores..." em junho de 2009, levanta a tese de que “O imperialismo vive uma crise de qualidade e profundidade novas, a crise de uma nova divisão internacional do trabalho”. [[i]]

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Quinze Anos da Chacina de Eldorado do Carajás

Recebemos como colaboração ao nosso debate essa contribuição do camarada António Almeida que, através de uma homenagem aos combatentes mortos na chacina de Eldorado dos Carajás, nos mostra como o aspecto dominante do caráter capitalista da produção do agronegócio vem transformando as forças produtivas ao mesmo tempo em que mantêm a mesma estrutura baseada no latifúndio e acirra a luta de classes no campo. Com as suas palavras podemos dizer que:
“Da mesma maneira e pelas mesmas razões que temos defendido que são tarefas centrais para os militantes comunistas a retomada do marxismo-leninismo e a construção do seu partido, pois tarefas imprescindíveis para o avançar do processo revolucionário no Brasil, podemos afirmar que a correta compreensão da situação do campo, da questão agrária, das complexas contradições da luta de classes pela Terra são também questões integrantes desse mesmo processo revolucionário.”

domingo, 3 de abril de 2011

A Morte do guerreiro da burguesia e as lágrimas da "esquerda" domesticada

Recebemos através de amigos do blog um pequno texto sobre o falecimento do ex-presidente da república, José Alencar, publicado pel PCdoB [1], acompanhado de um breve comentário de Caio Navarro de Toledo, Doutor em Filosofia, fundador da Revista Crítica Marxista e, acima disso, um Comunista.
Resolvemos publicá-lo para estimular o debate e a denúncia do descarado seguidismo da burguesia, que transformou aquilo que no passado foi esquerda na bandinha de música  das classes dominantes e/ou da ala radical do nacional desenvolvimentismo.
Convidamos a todos os camaradas para debater e desmascarar aquilo que usurpa as nossas cores e nossas bandeiras para defender a exploração e repressão das classes dominadas.

Colegas,

em Editorial do portal do PCdoB, presta-se uma última homenagem a um "guerreiro do Brasil" - aquele que, mascate no passado, transformou-se num dos maiores empresários do continente. Certamente, como aprendemos em todas hagiografias seculares sobre os self-made man, José Alencar chegou a ser uma das maiores fortunas do continente graças apenas a seu TRABALHO honrado e honesto, sem qualquer apoio de dinheiro público e transações suspeitas (afinal, todas as denúncias de ilicitudes contra a Coteminas não foram sempre pérfidas "intrigas políticas"?).
Enfim, nos "tempos globais", um modelar empresário burguês nacionalista e progressista; um raro e exemplar capitalista em cujas empresas as realidades da exploração do trabalho e da mais-valia jamais existiram.
As copiosas e amargas lágrimas de Lula e setores da esquerda não estariam, pois, plenamente justificadas pela morte desta autêntica "VOZ DO POVO" brasileiro, como afirma o Editorial ?

sds,

Caio N. de Toledo
Fundador da revista CRÍTICA MARXISTA

Alencar, guerreiro do Brasil

O Brasil perdeu nesta tarde um de seus filhos mais ilustres e reverenciados, o ex-vice-presidente da República José Alencar, levado por um câncer ao qual resistiu durante 13 anos e 17 cirurgias que retiraram 20 tumores de seu corpo.

Ele nunca se rendeu, e esta talvez tenha sido a característica mais marcante deste personagem que entra para a história armado de amor pelo Brasil. Foi um brasileiro com a cara dos brasileiros: começou a trabalhar cedo, em sua Muriaé, no interior mineiro. Primeiro na loja do pai, quando tinha sete anos de idade; depois, no primeiro emprego, aos 14. Tinha pouco mais de 18 quando abriu sua primeira loja, em Caratinga. E daí até se tornar proprietário de um dos maiores grupos têxteis brasileiros, a Coteminas, foi outro tanto: tinha 35 anos quando participou de sua fundação.

terça-feira, 22 de março de 2011

A agressão a Líbia expressa o agravamento da crise do imperialismo

Nunca devemos esquecer a luta de classes

Mao Tse Tung

O coletivo Cem Flores vem denunciar a seus leitores que a intervenção militar imperialista na Líbia, auspiciada principalmente pela França, EUA e Inglaterra, expressa o desespero do imperialismo diante do agravamento de sua crise que já se estende por mais de três anos e a necessidade de recorrer à guerra na busca desesperada de resolver suas contradições.

A agressão militar só tem por objetivo garantir os interesses do imperialismo de manter a exploração e dominação do povo Líbio, como de todos os povos do Oriente Médio, para controlar e explorar seus recursos naturais, principalmente o petróleo, depois dos desastres da agressão ao Iraque e ao Afeganistão, agressão justificada cinicamente pela defesa dos interesses destes povos.

É necessário lembrar que toda a campanha ideológica do imperialismo, por todos os meios e aparelhos que dispõe para conseguir apoio ao ataque militar contra a Líbia, é em tudo similar às campanhas lançadas antes da agressão contra a Iugoslávia, Iraque e Afeganistão. E mais, que a mesma contradição que leva os povos árabes à luta lança às ruas a classe operária e demais setores dominados dos países dominantes e levou à insurreição os trabalhadores de Jirau em Rondônia.

O coletivo Cem Flores chama à unidade de ação todos os que lutam pelo socialismo tanto para se opor a intervenção militar na Líbia, como para prestar solidariedade à luta dos povos que na Líbia e no Oriente Médio prosseguem o combate por melhores condições de vida e de trabalho, conclamando estes povos a que se unam na luta contra os regimes ditatoriais impostos a seus países pelo colonialismo em conluio com suas classes dominantes e contra os interesses espúrios do imperialismo e na luta pelo socialismo.

PROLETÁRIOS DE TODOS OS PAÍSES, UNI-VOS!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Discurso no Funeral de Karl Marx

Neste mês, vários sítios e blogs lembraram que dia 14 fez 128 anos da morte de Marx. Resolvemos fazer coro com esses camaradas e replicar na internet esse discurso de Engels.
Em todos os lugares desse planeta Marx significa medo e ódio para a burguesia. Onde existem exploração e domínio de classe brota a sua efígie e nela se ascende, iluminando o caminho da luta, aquilo que fez valer a sua vida: a ciência do proletariado, o Marxismo. O instrumento retirado da experiência de luta dos explorados pelos próprios explorados e que, nele, nessa luta, temos o seu maior visionário.
São 128 anos de difamação e infâmia da burguesia para apagar sua memória, desviar a ciência descortinada por ele. Tudo em vão. Basta o açoite ranger nas costas do proletariado, basta subtrair da mesa do explorado o pão feito com o seu suor, para ele voltar como a fênix vermelha.
Não é a toa que nesse momento, nas cordilheiras, nas planícies, nos desertos, nas selvas, nas cidades e nos campos, novos e velhos agrupamentos retomam nas línguas mais variadas, do ponto onde foi parado, avançando onde ainda existem lacunas, as suas palavras:
“(...) Que as classes dominantes tremam à idéia de uma revolução comunista! Os proletários nada têm a perder a não ser suas algemas. Têm um mundo a ganhar.
PROLETÁRIOS DE TODOS OS PAÍSES, UNI-VOS!
Discurso no Funeral de Karl Marx
Friedrich Engels - 18 de março de 1883
Em 14 de março, quando faltam 15 minutos para as 3 horas da tarde, deixou de pensar o maior pensador do presente. Ficou sozinho por escassos dois minutos, e sucedeu de encontramos ele em sua poltrona dormindo serenamente — dessa vez para sempre.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Resposta ao Camarada R. N.


Após o envio de um e-mail para o endereço de nosso blog contendo críticas e contribuições, a nosso ver, importantes, vinculadas ao nosso último "post": "O caleidoscópio da ideologia dominante", resolvemos publicá-las como comentários a essa matéria, bem como, resolvemos debatê-las. O tamanho da resposta, bem como, sua importância, criaram a necessidade de fazê-la em um novo "post".
Segue abaixo nossa resposta.
"Que cem flores desabrochem! Que cem escolas rivalizem!"

Prezado camarada R.N.,
Agradecemos sua leitura atenta do nosso último artigo e seus comentários. Quando nosso coletivo decidiu criar o Blog Cem Flores, nosso objetivo era o de criar um espaço para publicarmos nossas posições e promover o debate sobre a teoria revolucionária marxista e sobre sua prática militante. Com os comentários que temos recebido, inclusive o seu, parece que estamos no caminho correto. Convidamos você e seus companheiros a lerem e discutirem nossos textos anteriores que estão publicados no Blog.
Sua carta aborda vários temas relevantes. Sobre alguns deles, podemos dizer que estamos de firme acordo, pois são questões de princípios para os revolucionários. Em outros, temos discordâncias importantes. Vamos aos pontos.
Achamos, em primeiro lugar, que os aspectos mais relevantes de sua carta são os chamamentos que você faz
  1. para a organização de um partido revolucionário do proletariado, de estilo leninista (nas suas palavras, a "arma mais elaborada que o proletariado já construiu, a dizer, o partido leninista").
  2. Partido presente nas lutas concretas da classe operária e demais classes dominadas do país ("militância viva nas ruas, nos bairros, nos locais de trabalho, universidades" e "não nos fóruns estéreis da esquerda") e
  3. armado da ciência revolucionária do proletariado, o marxismo ("marxismo é ciência", é preciso "enraizar o marxismo como uma ferramenta para a compreensão da marcha do imperialismo, ou nossa classe continuará afogada com as ideologias nacionais, ecológicas, democráticas, racistas, elitistas, religiosas, etc.").

sábado, 26 de fevereiro de 2011

O caleidoscópio da ideologia dominante.

Retomamos o trabalho em nosso blog e sítio na internet que interrompemos por um breve período diante do acúmulo de tarefas em outras frentes com um texto de análise da conjuntura da luta de classes no Brasil, no início deste ano de 2011, e de crítica da linha de seguidismo da política da burguesia por parte dos partidos que se dizem da classe operária, resultado do domínio do revisionismo e reformismo sobre nossos auto-intitulados comunistas, por meio de uma crítica a um artigo de José Luis Fiori.
Decidimos também, ao lado de textos produzidos por nosso coletivo, publicar intervenções de companheiros, produto das discussões em nossos organismos, como forma de permitir que cem flores desabrochem e que assim possamos desenvolver o processo de aperfeiçoamento e retificação de nossas posições no ritmo que nos requer a luta de classes.
Conclamamos a que nossos camaradas contribuam com sua crítica, crítica necessária, para a conformação de uma linha de atuação justa para os que lutam pela libertação de nosso povo.

“... visto o principal objetivo do livro, hoje como ontem, consistir em mostrar, com a ajuda dos dados gerais, irrefutáveis, da estatística burguesa e das declarações dos homens de ciência burgueses de todos os países, um quadro de conjunto da economia mundial capitalista nas suas relações internacionais,... O movimento proletário revolucionário em geral e o movimento comunista em particular, que crescem em todo o mundo, não podem dispensar a análise e o desmascaramento dos erros teóricos do «kautskismo». Isto é tanto mais necessário quanto o pacifismo e a «democracia» em geral - que não têm as mínimas pretensões de marxismo, mas que, exatamente como Kautsky e C.ª, dissimulam a profundidade das contradições do imperialismo e a inelutabilidade da crise revolucionária que este engendra - são correntes que ainda se encontram extraordinariamente espalhadas em todo o mundo. A luta contra tais tendências é obrigatória para o partido do proletariado, que deve arrancar à burguesia os pequenos proprietários que ela engana e os milhões de trabalhadores cujas condições de vida são mais ou menos pequeno-burguesas.”Lenine. V. I. O Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo. Prefácio às edições francesa e alemã. 6 de julho de 1920

O primeiro texto de retomada da discussão é de Leonardo Nino que poderá ser acessado "clickando" no título do texto abaixo:

Caleidoscópio de erros ou o “dernier cri” da ideologia dominante.